Conexão Mata Atlântica

O Projeto possui financiamento do Global Environment Facility (GEF), que tem o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como administrador dos recursos, e une esforços dos Governos de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, bem como do Governo Federal, por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O objetivo é a recuperação e a preservação dos serviços de clima e de biodiversidade na Mata Atlântica na Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, um dos principais mananciais de abastecimento da região Sudeste do país.

Além da recuperação e conservação ambiental, o Projeto também implementa ações que promovem a conexão dos fragmentos florestais, o aumento do estoque de carbono e a manutenção da biodiversidade, bem como estimula a adoção de práticas agrícolas sustentáveis, como conversão de pastagens, especialmente aquelas degradadas, em sistemas silvipastoris ou agroflorestais.

Área onde foi realizado cercamento e implantação de sistema agroflorestal

Em Minas Gerais, uma das metas do Projeto envolve a capacitação de 375 produtores rurais, por meio de palestras e dias de campo, com o tema “Adequação Ambiental de Propriedades Rurais e Técnicas de Manejo e Conservação de Solo e Água para Aumento de Oferta de Água”. Até o momento, 852 atores, entre produtores rurais, lideranças locais e outros, em 21 municípios, foram capacitados pelo Projeto.

A outra meta trata da recuperação ambiental em 1.005,00 ha na Bacia Hidrográfica do rio Paraíba do Sul, envolvendo a doação de material e insumos e sua implantação. Em alguns municípios, as prefeituras entram como parceiras, executando as práticas mecânicas de conservação do solo e água nas propriedades rurais, com o intuito de reduzir os impactos decorrentes de erosão e assoreamentos.

Faria Lemos, Itamarati de Minas, Argirita, Recreio e Visconde do Rio Branco são alguns dos municípios beneficiados na etapa de recuperação de áreas degradadas do Projeto Conexão Mata Atlântica.

Em Visconde do Rio Branco, a Prefeitura Municipal é parceira do IEF, realizando o cadastramento, transporte do material e execução do cercamento e plantio nas propriedades rurais, sendo prioridade a área do Projeto de Recuperação das Serras de Piedade de Cima e Santa Maria. Dalyson Figueiredo Soares Cunha, engenheiro agrônomo e analista ambiental do Centro de Estudos e Desenvolvimento Florestal (Cedef IEF), explica que essas áreas são as responsáveis pela recarga hídrica para abastecimento do município e, por isso, foram cadastradas as áreas com nascentes, margens de cursos d'água e topo de morro, que totalizam 11,32 ha. “Todas as áreas de Visconde do Rio Branco já foram cercadas e estão aguardando o período de maior precipitação pluviométrica para a execução dos plantios”, afirma o engenheiro agrônomo.