Minas Gerais, por meio das entidades responsáveis pela execução das ações do projeto no estado, que são a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD); o Instituto Estadual de Florestas (IEF); a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado de Minas Gerais (SEDECTES) e a Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), participa do Projeto Conexão Mata Atlântica. O objetivo é recuperar e preservar serviços ecossistêmicos associados à biodiversidade e ao clima em zonas prioritárias do Corredor Sudeste da Mata Atlântica brasileira.
O Projeto utiliza uma abordagem de manejo florestal sustentável a fim de produzir múltiplos benefícios, especialmente benefícios de captura e manutenção de estoques de carbono relacionados ao uso da terra e à mudança do uso da terra, favorecendo/incentivando a silvicultura e o incremento da biodiversidade.
A área de atuação do projeto é a Bacia Hidrográfica do rio Paraíba do Sul que abrange parte do estado de São Paulo, atravessando a conhecida região socioeconômica do Vale do Paraíba Paulista, parte do estado de Minas Gerais, denominada Zona da Mata Mineira, e metade do estado Rio de Janeiro. A região desta bacia que se encontra na Zona da Mata Mineira, possui como principais afluentes os rios Pomba, Muriaé, Preto e Paraibuna.
A região de abrangência do Projeto é um território antropizado, com a Mata Atlântica original restrita ao interior de parques e reservas florestais. Em razão disso, o rio encontra-se hoje em estado ecológico crítico, com margens assoreadas, vazão reduzida e baixa qualidade de suas águas. Os principais usos de suas águas são a geração de energia, abastecimento público, uso industrial, pesqueiro e agrícola. Grande parte do uso do solo desta bacia é composto por pastagens. Devido ao seu histórico de exploração predatória, grande parte destas pastagens se encontra degradada, com porções de solos expostos.
Dentro deste contexto e por intermédio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), celebrou-se um Acordo de Cooperação entre a União, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, a Fundação para a Conservação e a Produção Florestal do Estado de São Paulo (Fundação Florestal) e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), no âmbito do projeto Recuperação e Proteção dos Serviços de Clima e Biodiversidade do Corredor Sudeste da Mata Atlântica Brasileira (Projeto Conexão Mata Atlântica).
As ações do Projeto Conexão Mata Atlântica em Minas Gerais iniciaram-se em 2017, por meio do Acordo entre os Estados e a União, publicado em 2016 e com vigência inicial de 5 anos.
As ações previstas em Minas Gerais envolvem a restauração de florestas nativas e de áreas produtivas nas sub-bacias do Rio Pomba e Muriaé e dos rios Preto e Paraibuna, localizados na Zona da Mata mineira. Estas sub-bacias hidrográficas foram priorizadas no estado de Minas Gerais devido à sua importância na contribuição de água na Bacia Hidrográfica do rio Paraíba do Sul, sendo utilizadas para o abastecimento urbano, mas que, no entanto, se encontram degradadas.
Primeiros resultados
O Conexão Mata Atlântica tem contemplados projetos em 119 propriedades rurais de 41 municípios, que somam 1.013 ha de área, 184.485,88 metros de cerca e 469.058 mudas. O Objetivo inicial é alcançar 1.500 ha. Os projetos participantes devem ser encaminhados até agosto de 2020, os técnicos que trabalham com o Conexão estão atendendo em homeoffice durante o período de pandemia pelo Covid-19.
Beneficiários do Projeto Conexão Mata Atlantica
Podem participar do projeto proprietários rurais que estejam dispostos a aplicar técnicas de conservação do solo e água. O projeto prevê a destinação de recursos para diversas ações, como plantio de mudas, com doação de mudas e até mão de obra, cercamento de terrenos e nascentes com fornecimento, pelo projeto de todo o material utilizado.
Existe um edital aberto para novos usuários. Para se inscrever é necessário procurar uma unidade do IEF na Zona da Mata.