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Existe uma forma de comércio justo que é altamente benéfica para todos os envolvidos. Os interessados em adquirir um determinado bem se unem e compram direto do produtor. Assim, economizam o gasto com o intermediário e podem negociar um preço melhor. Para o vendedor, também, a prática é vantajosa, pois ele recebe um preço justo e realiza uma entrega total, que depois será distribuída internamente pelo grupo. A compra coletiva demanda, entretanto, alguém que se disponha a organizá-la, negociar valores, pensar em logística e demais detalhes.

Ao implantar a biofossa no Núcleo Itariru, localizado no Parque Estadual Serra do Mar, produtores rurais da região precisavam adquirir diversos insumos. E receberam um auxílio providencial de extensionistas do Instituto BioSistêmico (IBS), parceiro do Conexão Mata Atlântica, que organizou a compra coletiva para beneficiados pelo projeto, e da Associação dos Empresários Rurais de Pedro de Toledo, que disponibilizou o caminhão para transportar o material da capital paulista.

As biofossas com tambores, também chamadas fossas sépticas econômicas, permitem o preparo e armazenamento de biofertilizantes. Os insumos necessários para a implantação nas propriedades de 30 participantes do projeto incluíram 80 bombonas de 250 litros, que foram pagas com o benefício recebido por Pagamento por Serviços Ambientais (PSA); graças à mediação que permitiu a compra coletiva, o grupo economizou mais de R$ 3.200,00.

Já na Estação Ecológica Bananal, sete proprietários rurais compraram fossas biodigestoras através de compra coletiva, mediada pelo extensionista Rômulo Oliveira, da Plural Cooperativa, entidade executora na região, e economizaram R$ 550,00 reais por fossa.

Ao lado do benefício financeiro e da capacitação técnica, as compras coletivas são uma contribuição colateral, mas não menos importante, que o projeto agrega aos produtores rurais participantes.