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O Dia Mundial do Meio Ambiente foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) durante a Conferência sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em 5 de junho de 1972, em Estocolmo - Suécia. A data foi criada como um alerta para a importância da preservação dos recursos naturais para a sobrevivência das espécies, entre elas, a nossa.

Os participantes da Conferência de Estocolmo pretendiam, assim, apontar que os recursos naturais não eram, como se considerava até então, inesgotáveis. Ao contrário, o impacto do modo de vida baseado no consumo acarreta prejuízos crescentes, entre os quais o desmatamento de grandes áreas e a poluição ambiental. Os problemas infringidos pelo ser humano ao meio ambiente se avolumam e despertam, cada vez mais, a necessidade de programas institucionais e conscientização das pessoas quanto aos terríveis agravos a que o planeta é submetido a cada dia.

As diretrizes estabelecidas na Conferência ocorrida há praticamente meio século pautaram diversos programas conservacionistas ao redor do mundo. No Brasil, entre diversas ações transformadoras mais recentes, está o Projeto Conexão Mata Atlântica. Helena Carrascosa von Glehn, da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo e Coordenadora do Componente 2 - SP do Projeto Conexão Mata Atlântica, destaca que o programa permitiu colocar em prática incentivos econômicos para apoiar a conservação e restauração de vegetação nativa, além de induzir mudanças no uso do solo e no manejo de atividades produtivas e adoção de novas práticas de conservação. "As lições aprendidas no decorrer das ações serão muito importantes para a formulação de políticas públicas voltadas para áreas de relevância ambiental, especialmente num cenário de implementação do Programa de Regularização Ambiental previsto na lei de proteção da vegetação nativa", ressalta.

A sobrevivência das várias espécies exige hoje, mais do que nunca, que se desperte a atenção sobre a necessidade de evitar a perda constante de biodiversidade, o descarte inadequado de resíduos, o uso de combustíveis fósseis, o desperdício de água e o esgotamento do solo, por meio de atitudes tanto individuais quanto coletivas. "Os produtores rurais que participam do Projeto estão demonstrando que é possível produzir e conservar, melhorando a renda com mais proteção do solo, da água e da biodiversidade", pondera Helena.

O uso consciente dos recursos naturais é condição necessária para a manutenção da vida no planeta. Assim, as palavras que constam da Declaração de Estocolmo sobre o Ambiente Humano, realizada há exatos 48 anos, continuam atuais: "A proteção e o melhoramento do meio ambiente humano é uma questão fundamental que afeta o bem-estar dos povos e o desenvolvimento econômico do mundo inteiro, um desejo urgente dos povos de todo o mundo e um dever de todos os governos."