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Equipe do Conexão Mata Atlântica e colaboradores em aula prática de pilotagem de drone

A equipe executora local do projeto Conexão Mata Atlântica no Rio de Janeiro participou no final de novembro de curso de capacitação para mapeamento de áreas por meio de drones e tratamento de imagens aéreas para geoprocessamento de dados. O curso, ministrado no Rio de Janeiro pela empresa GDrones, teve de duração de 40 horas e contou com aulas teóricas e práticas de voos com o Drone Multirotor e Asa Fixa e o software de mapeamento Agisoft Photoscan.

A partir das imagens aéreas de alta resolução captadas por drones é possível processar de forma remota e com maior agilidade a topografia do solo, criar modelos digitais de elevação e de superfície, mapear áreas de erosão e uso e cobertura do solo, além de gerar outros tipos de dados que podem ser usados para monitoramento de ações de conservação e restauração florestal.

Durante o curso, também foram apresentadas noções sobre a atual legislação para pilotagem de drones, que defende de autorizações exigidas por órgãos controladores do espaço aéreo brasileiro, bem como, um apanhado de todos os equipamentos de drones disponíveis no mercado. Os técnicos do projeto também aprenderam como desenvolver e executar um plano de voo para mapeamento automatizado.

Segundo o engenheiro agrônomo e supervisor executivo do projeto, Antônio Cardoso, a ferramenta será muito útil para acompanhar a evolução das áreas que de intervenção do projeto. “Por meio dessa tecnologia poderemos mapear as áreas agora no início do projeto e monitorar ao longo dos anos, observando como essas áreas se regeneraram. Será possível mapear desde a área de uma propriedade até uma microbacia inteira com maior agilidade e qualidade melhor que as imagens de satélite”, afirma.

Também participaram da capacitação pesquisadores do Ministério da Ciência e Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), instituição responsável pelo monitoramento dos impactos do projeto Conexão Mata Atlântica, além de servidores do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) das áreas de serviços florestais e geoprocessamento. 



Segundo a geógrafa e chefe de serviço de Instrumentos de Gestão do Território e Estudos Ambientais (SEGET) do Inea, Nátalie Chagas, a partir da tecnologia será possível identificar características mais detalhadas da vegetação, como diversidade de espécies, tamanho da copa das árvores e densidade da cobertura, que poderão agilizar a avaliação do cumprimento da resolução do Inea 143/2017, que determina parâmetros para ações de restauração florestal implementadas, principalmente, a partir de medidas compensatórias.

“A ideia é, a partir desse primeiro entendimento sobre a tecnologia, desenvolver um estudo para criar novos parâmetros para o monitoramento remoto, reduzindo a necessidade monitoramento in loco por parte da equipe técnica”, afirma Nátalie.

A tecnologia também será usada como suporte às ações de politicas públicas e em outros projetos desenvolvidos pelo Inea e a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), como o Olho no Verde, que realiza o monitoramento sistemático da cobertura florestal de uma área de dez mil quilômetros quadrados, onde estão localizadas as principais remanescentes florestais do estado.