Em Minas Gerais, o acordo envolve a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), o IEF, a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) e a Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG).
O IEF coordena o projeto em Minas e conta com a parceria da UEMG. Os produtores interessados em participar da iniciativa receberão, ainda, mudas e material para cercamento das áreas para recuperação e também assistência técnica. O custo total do projeto está estimado em 200 milhões de dólares e a previsão é de recuperar cerca de mil hectares na Bacia do Paraíba do Sul.
A iniciativa utilizará uma abordagem de manejo florestal sustentável para produzir múltiplos benefícios, especialmente benefícios de captura e manutenção de estoques de carbono relacionados ao uso da terra e mudança do uso da terra, favorecendo e incentivando a silvicultura, e o incremento da biodiversidade.
Segundo o coordenador do projeto em Minas, o analista ambiental do IEF, Marcelo Massaharu Araki, o reflorestamento poderá ser feito associando espécies nativas e exóticas. “O novo Código Florestal brasileiro, publicado em 2012, agora permite que a recuperação das áreas degradadas possa ser feito com até 50% de espécies exóticas, e o IEF fomenta essa prática”, acrescentou.
O programa busca ainda somar esforços com os governos estaduais na gestão de unidades de conservação e incentivar os proprietários de terras privadas a fazer o manejo sustentável da paisagem, por meio da promoção de atividades de restauração ecológica de florestas nativas e favorecimento da regeneração natural.
O projeto foi dividido em três linhas de crédito e Minas atuará no âmbito do Componente 1 e 2, que receberá um total de 46 milhões de investimento. O primeiro atuará no “Fortalecimento da capacidade institucional para manejo e monitoramento dos estoques de carbono e da biodiversidade.” Essa linha apoiará a adoção de sistemas de monitoramento do uso e mudanças de uso da terra na Mata Atlântica, o desenvolvimento da pesquisa necessária para gerar modelos práticos de manejo de estoques de carbono, além de gerar uma base de dados que possa ser continuamente atualizada.
O segundo Componente no qual Minas irá atuar, tratará do “Aumento dos Estoques de Carbono nas Bacias Hidrográficas do Paraíba do Sul”. Ele abrange a recuperação de 1005 hectares em sistemas agroecológicos e sistemas agroflorestais na Bacia do Paraíba do Sul.
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Janice DrumondAscom/Sisema