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Um dos objetivos do Conexão Mata Atlântica é consolidar cadeias de valor sustentável nos territórios em que atua. Para tanto, foi publicado o segundo edital de seleção pública de apoio a organizações de produtores rurais que atendam beneficiários do projeto e atuem nos municípios de São José dos Campos, Bananal, Natividade da Serra, São Luiz do Paraitinga, Miracatu, Pedro de Toledo, Itariri e Peruíbe.

Dinheiro para investir na propriedade e conhecimento para escolher onde e de que maneira aplicar o valor. Essa é a dupla dos sonhos de todo produtor rural. O Projeto Conexão Mata Atlântica oferece ambas as formas de incentivo, gerando a possibilidade de dar um salto de qualidade. Os agricultores que sonham em receber esse benefício devem ficar atentos à publicação dos editais de convocação, que acontecem periodicamente.

No momento, está aberto um edital especialmente voltado às organizações de produtores rurais. Até o dia 13 de novembro de 2020 podem ser enviadas propostas com previsão de valor de até R$ 200 mil reais e execução em no máximo 12 meses.

Confira o edital e participe: Clique aqui

Organizações recebem apoio do Conexão

O projeto Conexão Mata Atlântica já contemplou três organizações em editais anteriores para promover ações com o objetivo de consolidar cadeias de valor sustentável. Foram contempladas: Associação Minhoca de São Luiz do Paraitinga, Sindicato Rural de Bananal e Associação de Empresários Rurais de Pedro de Toledo. Vejam o que eles têm a dizer sobre o apoio do Conexão.

A Associação Minhoca – Parceiros Agroecológicos, que atua com a produção de alimentos agroecológicos e orgânicos pela agricultura familiar da região de São Luiz do Paraitinga, por aderir ao projeto ganhou escala e escoamento. De acordo com o vice-presidente Jorge Wilmers, a aquisição de equipamentos têm proporcionado manejos mais adequados aos SAFs e, em consequência, aberto novos mercados.

“Compramos equipamentos para o conjunto dos 16 produtores, entre eles trituradores de galhos, motopoda, pulverizador costal, socador de solo. E, o mais importante, um caminhão baú refrigerado para fazer as nossas entregas, que eram feitas nas próprias caminhonetes de cada produtor”, destacou Wilmers.

Ele conta que também estão utilizando os recursos financeiros para reformar um prédio, cedido em comodato, que será uma agroindústria da Associação. “Por enquanto, preparamos os produtos beneficiados, como geleias, licores, pães, biscoitos e bolos nas cozinhas das nossas casas. Quanto o prédio estiver pronto, possivelmente no próximo ano, cumprindo as exigências da Vigilância Sanitária e funcionando plenamente, a nossa produção vai alimentar as casas de um número imenso de pessoas, muito além da nossa comunidade”.

A bióloga Suzana Vaz, também apoiadora da proposta do Sindicato Rural de Bananal, contemplada no edital anterior, conta que a assistência técnica rural é fundamental e o Conexão Mata Atlântica une recursos financeiros com a assistência de como aplicá-los. “O grande diferencial é o recurso com acompanhamento e a elaboração de todo um plano de ação de uso desses recursos, pensado em conjunto com uma equipe técnica capacitada. Eu já vejo resultados bem positivos para a região. O projeto é importante por trazer aos contemplados um novo conceito na produção rural. O olhar para o futuro acontece na integração entre preservação e produção”, comemora.

Faz coro com Suzana o produtor rural Josué Moreira que está à frente da agricultura familiar do município de Pedro Toledo há 8 anos. Para ele, antes de mais nada é essencial que a agricultura proporcione um meio de sobrevivência para quem pretenda viver dela. “A agricultura forte é, antes de mais nada, aquela que permita ao produtor sustentar a sua família e cuidar bem da sua propriedade”.

Ao agregar valor aos produtos das 25 famílias da Associação de Empresários Rurais de Pedro de Toledo, “o projeto Conexão Mata Atlântica proporciona um bom retorno e possibilita uma condição de vida melhor”, destaca ele.

O Projeto Conexão Mata Atlântica é ancorado em uma visão de futuro, aliando a produção rural à preservação ambiental. E vai proporcionar um legado para as comunidades – que, por sinal, promete ser extremamente saboroso.