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Os produtores rurais beneficiados pelo projeto Conexão Mata Atlântica no Rio de Janeiro já começaram a receber e instalar as placas de identificação das propriedades reconhecidas como prestadoras de serviços ambientais, selecionadas no primeiro edital (02/2018). As placas apresentam o nome da propriedade e um selo simbólico de reconhecimento do imóvel rural por desenvolver ações de conservação de áreas remanescentes de Mata Atlântica, restauração ecológica e produção sustentável.

Além de indicar os beneficiados pelo projeto e incentivar outros produtores a adotarem ações ambientais, as placas também ajudam a identificar às propriedades - muitas delas não contavam com nenhum tipo de identificação.


O produtor rural Carlos Luciano de Paula, do Sítio Bonfim, em Valença, já recebeu e instalou a placa do projeto do projeto em sua propriedade. "Essa é a primeira placa que a propriedade tem. Foi muito bom recebermos esse benefício pois chama a atenção e valoriza a propriedade. Há 30 anos que eu moro aqui e muita gente que mora na região não sabia que o nome da propriedade é Sítio Bonfim".

Carlos foi reconhecido como prestador de serviços ambientais pelo projeto pela conservação de 2,59 hectares de floresta nativa e pela conversão de 0,81 hectares de área degradada nos sistemas silvipastoril e agroflorestal. Com mudas doadas pelo projeto, Carlos está incrementando a agrofloresta com o consórcio de café, frutas cítricas e espécies nativas.


Produtor rural José Muniz Nuss, da Fazenda Conceição, em Italva, ao lado da nova placa da propriedade.

O produtor rural José Muniz Nuss, da Fazenda Conceição, em Italva, foi reconhecido como prestador de serviços ambientais pela conservação de 11,5 hectares de floresta nativa e ficou satisfeito com a nova placa da propriedade da família.

"A placa é um reconhecimento pelo trabalho que a gente vem fazendo. Pude contribuir com a floresta e agora recebi uma ajudar para construir um curral. É uma ajuda bem-vinda pois o produtor rural nunca tem dinheiro sobrando para investir. A gente vive porque é teimoso", brinca José, que também ainda não contava com uma placa para identificar a sua propriedade.


Os produtores rurais Amália e Luiz Sobreira, de Varre-Sai, orgulhosos ao receberem a placa.

O casal Amália e Luiz Sobreira são os proprietários rurais com a maior área de florestas conservadas no município de Varre-Sai. Três propriedades da família foram contempladas pelo projeto, totalizando cerca de 128,99 hectares de áreas remanescentes cercadas. Com os recursos do projeto, os produtores estão investindo na melhoria da propriedade com o cercamento de áreas de pastagem.

Dona Amália comemorou a chegada da placa que, segundo ela, deixou a paisagem mais bonita. "A placa deixou a propriedade mais alegre e ajuda a identificar nosso sítio. É uma forma de valorizar a propriedade e faz a gente se sentir que faz parte da área rural".

Segundo o engenheiro agrônomo e supervisor executivo do projeto, Antônio Cardoso, além de valorizar as propriedades que desenvolvem ações ambientais, as placas também são um incentivo para que outros produtores adotem práticas mais sustentáveis.

"Os produtores ficaram muito felizes e orgulhosos ao colocarem as placas. Essa é uma oportunidade para os produtores darem visibilidade às ações ambientais que eles desenvolvem. Alguns vieram me dizer que hoje são capazes de mostrar que também preservam o meio ambiente. É uma oportunidade também para mostrarmos para outros produtores que ainda não foram beneficiados pelo projeto que é importante preservar", afirma Cardoso.