Desde antes do sol raiar,
um grupo de trabalhadores já está de pé se preparando para mais um dia de trabalho
produtivo - e essa palavra, aqui, não poderia ter um sentido mais literal: os
pequenos produtores rurais são os responsáveis por 70% dos alimentos que chegam
à mesa das famílias brasileiras.
A
qualidade das frutas, verduras e legumes é sempre a mesma. A variação fica por
conta das características locais e sazonais. Afinal, em um país continental, as
épocas de plantio e colheita, assim como as espécies cultivadas, são bastante
diversas.
Outra
mudança que tem ocorrido durante a fase de isolamento social é a forma de
distribuição, em parte deslocada dos grandes centros de abastecimento para
entregas em casa, através de aplicativos, whatsapp ou redes sociais.
A
aproximação entre consumidor e produtor, que já era realidade em feiras
orgânicas e iniciativas como CSA (Comunidade que Suporta a Agricultura), pode
restar como uma das mudanças de hábito introduzidas pela pandemia. Nesse
sentido, redes estaduais de assistência técnica e extensão rural têm se
organizado para garantir apoio na comercialização associativa e solidária.
O luxo,
hoje, se desloca do restaurante ‘gourmet’ e aterrissa na mesa de refeições e na
cozinha das famílias: o grande privilégio não é mais frequentar um local da
moda, mas sim poder receber alimentos
in natura fresquíssimos, saborosos e nutritivos, entregues
diretamente pelo produtor, na porta de casa.