Além dos conceitos básicos e técnicas de implantação do sistema, que é incentivado pelo projeto especialmente para áreas degradadas ou de baixa produtividade, os alunos tiveram a oportunidade de saber sobre a capacidade de rendimento e viabilidade econômica da prática. “A diversidade das espécies utilizadas no sistema, assim como o uso de capim braquiária adequado, são alguns pontos importantes que podem influenciar uma rápida recuperação e o potencial de infiltração de água no solo”, explica o engenheiro agrônomo e supervisor executivo do projeto, Antônio Cardoso.
No modelo, além da recuperação do solo para retenção de maior volume de água e melhoria da pastagem, foram implantadas em linhas simples espécies arbóreas nativas e exóticas como o pau-ferro, pau-rei, sibipiruna, jatobá, jacarandá, genipapo e eucalipto, que pode significar um complemento na renda do produtor a partir da extração legalizada de madeira e frutas. No entanto, é possível fazer outros arranjos a partir da inclusão de outras espécies de árvores ou do aumento do número de linhas, diversificando a produção potencializando a agregação de renda.
Segundo Cardoso, o sistema começou a ser implementado com o plantio das mudas no final do ano passado e após a conclusão do isolamento da área com cerca elétrica, em junho deste ano, a área já foi liberada para pastejo de um pequeno rebanho com cerca de 10cabeças de gado pelo período de um mês. “Após esse primeiro pastejo, o gado foi retirado e a área entrou na fase do pousio para recuperação do capim. Após as chuvas concentradas de novembro a janeiro, em fevereiro o gado volta novamente, desta vez com um período maior de tempo”.